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ARTIGO

Fotojornalismo- Simples gestos, grandes emoções

A experiência em elaborar uma apresentação que trouxe a tona o significado da empatia

O mundo da universidade não é nada fácil,dias difíceis e cansativos todos passam, mas tem momentos que são tão gratificantes que nada paga, a sensação de dever cumprido e poder alegrar um pouco a vida de alguém com um simples gesto é indescritível. Tivemos uma experiência dessa em uma aula interativa com a sala e o resultado foi incrível, esse aprendizado, sem dúvida, levaremos para o resto de nossas vidas.

Nosso dever como equipe seria montar uma apresentação sobre fotojornalismo para a sala e inserir uma atividade para que todos interagissem com o tema dado. Sentamos, pensamos e decidimos o que seria feito, mas com um detalhe, em nossa sala de aula há um aluno com deficiência visual, o Samuel, que mesmo com essa limitação segue firme nas aulas e está a pouco tempo para se formar em Jornalismo, nossa idéias seria elaborar algo especialmente para ele.

Chegou o tão esperado dia, estávamos ansiosas para saber se tudo sairia do jeito que planejamos. A apresentação era composta por explicações de imagens polêmicas, ilusionistas e impactantes, escolhemos uma imagem para elaborar uma foto escultura para que o Samuel pudesse tocar e sentir as sensações que ele transmitia, só que fizemos esse trabalho manualmente usando biscuit. Na outra atividade tivemos a ideia de colocar espelhos em 3 caixas e passar de um por um para que as pessoas olhassem e adivinhassem o significado.

O resultado foi realmente incrível, a sala vibrou nas imagens que selecionamos, ficavam em silêncio e observavam atentamente as fotografias impactantes e davam altas gargalhadas com as de ilusão de ótica. Sem dúvida o momento mais aguardado era a entrega da foto escultura que montamos para o Samuel. E ele tocou, sentiu e emocionou a todos, foi além das nossas expectativas. " Eu não sabia o que era biscuit, foi muito bom o trabalho de vocês, me despertou muitas curiosidades" explicou Samuel, que questionou se as nuvens são realmente parecidas com algodão,como representamos na foto.

A segunda etapa da atividade também nos surpreendeu, após passar as caixas por todos os alunos, questionamos qual seria o significado que queríamos passar e surgiu uma voz la na frente da sala, era o Anderson, que explicou que mesmo  que uma pessoa seja alta ou baixa, magra ou gorda, ela deve se amar do jeito que é, que o amor próprio vem em primeiro lugar para conseguirmos alcançar todos os nossos objetivos. A sala toda ficou impressionada com a fala dele, todos bateram palmas e ele abriu um sorriso no rosto. Inquestionavelmente, Anderson levou o primeiro lugar da nossa atividade, podendo escolher o seu prêmio.

Fim da apresentação, algumas pessoas vieram ao nosso encontro parabenizar pela iniciativa de proporcionar algo especialmente para o Samuel, além de elogiar a criatividade da atividade.

Segundo a ledora do Samuel, Angélica Lima, é muito difícil para ele durante as apresentações ter uma ideia do que é retratado, e ter tido esse olhar para ele  foi muito bacana, porque ele pode através da percepção dele ver o que nós estávamos vendo. A experiência em realizar essa apresentação e ter um retorno tão positivo dos colegas foi fantástico, entender realmente o significado da palavra empatia, nos colocando no lugar do outro, descobrir que esses simples gestos geram grandes histórias e tendo a certeza que momentos assim tão especiais seguiram para sempre na memória.

Foto: Foto escultura feita especialmente para o Samuel

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